“just the beating of hearts, like two drums in the grey”
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I swear.
sábado, 30 de maio de 2015 || 03:30
Tinha jurado nunca mais chorar.
dementia
quarta-feira, 20 de maio de 2015 || 18:46
Um dia fico louca. Juro que fico. Não sei se é de mim ou de ti. Ou até de mim e de ti. Parece-me que é intrínseco, vem do fundo. Vem do precisar de saber não querendo seguramente saber. Das voltas e retornos que me consomem. Que consomem a minha sanidade. Ou os resquícios dela. Que me consomem até à exaustão e só me deixam dúvidas sob a forma de conjunções concessivas.
Intróito
quarta-feira, 13 de maio de 2015 || 20:33
Das tuas mãos de vidro, carregadas
de jóias tilintantes e doentes,
das palavras que trazes afogadas,
das coisas que não dizes mas entendes.
Do teu olhar virado às madrugadas
de fantásticos e exóticos orientes
Do teu andar de tule, das estocadas
dos gestos que não fazes mas que sentes.
Dos teus dedos sinistros de tão brancos,
dos teus cabelos lisos de tão brandos,
dos teus lábios azuis de tanta cor,
É que me vem a fúria de bater-te,
É que me vem a raiva de morder-te,
Meu amor! Meu amor! Meu amor!
Ary dos Santos
Por que tarda?
terça-feira, 5 de maio de 2015 || 20:46
Preciso de escrever mas algo me impede de o fazer. Talvez seja o tremer-me as mãos ou o embargar da vista em lágrimas. Queria não ter de sentir. Desejei-o no preciso momento em que o senti. Há sempre um temor na linearidade do belo, uma incerteza em
crescendo. Queria que amar fosse tão simples como escrever o verbo
... Acho que o merecíamos, tu e eu. Depois de tanto navegar, de tanto mar tumultuoso. Por que tarda a aparecer no horizonte um porto de abrigo seguro? Que nos deixasse viver na linearidade do belo. Que nos deixasse amar-nos.