“just the beating of hearts, like two drums in the grey”
julho 2010
agosto 2010
setembro 2010
outubro 2010
novembro 2010
dezembro 2010
janeiro 2011
fevereiro 2011
março 2011
abril 2011
maio 2011
junho 2011
julho 2011
outubro 2011
agosto 2012
novembro 2014
dezembro 2014
janeiro 2015
fevereiro 2015
março 2015
abril 2015
maio 2015
junho 2015
julho 2015
agosto 2015
outubro 2015
dezembro 2015
fevereiro 2016
dezembro 2016
setembro 2017
fevereiro 2019
março 2019
abril 2019
maio 2019
setembro 2019
Os fortes também caem
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015 || 16:38
Ninguém é invencível. Desenganem-se os que se acham herculanos, há alturas da nossa vida em que as 12 tarefas se assumem intransponíveis. Há alturas em que nada nos vale: nem o nosso esforço, nem a nossa força de vontade, nem a sorte, nem o deus longínquo, nem a vida. Um azar nunca vem só, vem às enxurradas que nem chuvas incessantes de Abril. Molha-nos até aos ossos. Para além dos ossos. Deixa-nos prostrados no chão a duvidar de tudo: do nosso esforço, da nossa força de vontade, da sorte, do deus longínquo, da vida. Tentamo-nos levantar, mas o peso do nosso corpo encharcado puxa-nos gravitacionalmente para baixo. Puxasse-nos ele até ao centro da Terra e sentiríamos algum conforto, no seu seio maternal. Mas não. Deixa-nos ali, no limbo sombrio que nada é, dos que nada são. (des)Esperando que a Fortuna decida mover a sua roda, em busca de um novo Fado que divirta as perversidades da Vida. Os fortes também caem e levantar não é tarefa fácil.