Tu me tues. Tu me fais du bien.

The writer
A girl lost in translation. Cinema lover, currently crushed on Godard. Worst temper than Mr. Darcy's. Too concerned with politics and philosophy for a medical student. Left wing. Name a western and I'll tell you the story. ♥

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“just the beating of hearts, like two drums in the grey”
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terça-feira, 27 de janeiro de 2015 || 12:58

- 2015 -
Amado vale, preciso de ti.
Preciso da textura do granito na minha face e de ouvir o burburinho do ribeiro.
De buscar conforto de alma no mapa celeste que as luzes de Lisboa me impedem de ver.
Preciso que o frio gélido vindo da serra me arrefeça as ideias.
De sentir que pertenço. Preciso do teu aconchego paternal, meu vale.


- 2001 -
Gosto de ouvir o canto
dos grilos e das cigarras.
E o vento a dançar
com as árvores.
Que bonito que é este vale.

...
|| 12:38

Estou farta de Lisboa. Estou farta de riquinhos idiotas, de pessoas que não se insurgem nem quando são prejudicadas à clara luz do dia. Nunca baixei os braços, nunca me deixei intimidar por ameaças subtilmente escondidas por avisos. Hierarquias? Não existem. Nem devem existir. Recuso-me a respeitar falsas hierarquias, patamares pseudo-divinos atingidos com cunhas e graxas. O respeito nasce do civismo. E do civismo nasce a justiça e a igualdade. Pergunto-me o que aconteceu aos valores de Abril. Por que tarda a chegar a primavera? Isto é grave. Muito grave. A mudança espera-se dos jovens. Não é suposto tremer-se perante a possibilidade de dialogar para avançar. Não é suposto! Sempre defendi a paz e o diálogo. É possível resolver os problemas sem criar tumultos e braços de ferro. Para onde foi a esperança? A fé? Chamam-me utópica com todas as letras. Por buscar soluções num país cego pelo conformismo? Não desisto. Não baixo os braços.

Íssimo, íssimo
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015 || 09:50

Estamos cansados. Cansados de rezar por milagres que não chegam. Cansados de estar a um passo da meta e sermos apanhados por uma tempestade de areia. De tentar, em esperanças vãs, derrubar muros estruturados de betão. Perdemos a nossa fé no "e se...". Tornámo-nos realistas ao ponto de cairmos no pessimismo. Somos agora daqueles que não sonham porque é uma perda de tempo e que trabalham de cabeça baixa, não por tristeza mas por hábito. Na verdade, não nos sentimos mais tristes. Só impávidos e serenos que nem folhas brancas de papel condenadas a amarelecer com o tempo sem que alguém lhes confesse as suas perturbações de espírito a tinta negra. Numa serenidade que a fortuna não deixa durar muito. Perdidos na entropia caótica do universo, sem nada sermos por termos falhado o ser tudo. Estamos cansados e falhámos a vida, menino.

Preciso de dias de sol com nada para fazer.
domingo, 11 de janeiro de 2015 || 13:42


Hey Nana - Banda do Mar

É só mais um dia mau.
terça-feira, 6 de janeiro de 2015 || 00:45

O relógio marca as 00:00 e com ele o meu aniversário. Há muito que deixou de ser o meu dia para ser um dia como os outros. Um dia em que as preocupações permanecem, em que o stress me consome, em que os problemas alheios que teimam em me encostar à parede parecem dilacerar-me o coração e a alma com mais pujança. Será um dia em que todos me desejarão o melhor, sem saberem que a felicidade demora a chegar-me e quando chega vem metamorfoseada de ilusões. É o dia do ano em que mais me sinto sozinha, incompreendida, presa entre paredes emocionais pesadas que anseio derrubar numa aflição claustrofóbica. É só mais um dia mau.