“just the beating of hearts, like two drums in the grey”
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Ars longa, vita brevis
terça-feira, 9 de dezembro de 2014 || 02:29
O teatro é um grito de liberdade. É o ser sem ter de ser. Manter a energia em palco - não considero que seja um talento, mas algo que nasce connosco e requer uma canalização constante de forças. Costumava dizer a minha mentora: ninguém reencarna personagens, o teatro é feito de concentração e atenção. É como se um magnetismo gigante nos puxasse naquele momento. Reza a lenda (passo a expressão: conta a minha família) que tinha 2 anos quando vivi pela primeira vez este magnetismo que me levou ao palco. Lembro-me vagamente, entre resquícios enevoados de memória distante, de dizer que queria fazer parte. Nem sempre com os tempos se mudam as vontades, 18 anos depois continuo a dizê-lo: quero fazer parte. É como se o meu lugar fosse ali, no palco, no meio de emoções ao rubro e gestos exagerados. Sem limites, sem comedimentos, embalada pela expectação do público e o turbilhão das palavras que vagueia pela minha mente. O prazer nervoso dos minutos antes de entrar em palco, o suster da respiração, a velocidade absurda com que tudo decorre.
Sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam. E eu chegarei sempre até um palco.