“just the beating of hearts, like two drums in the grey”
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Desafio 30 cartas: 5 # Carta para os teus sonhos
sexta-feira, 17 de junho de 2011 || 16:12
Queridos sonhos,
Uma vez, já não me lembro bem quando nem quem o disse, ouvi dizer que não deviamos pensar demasiado nos sonhos que temos pois isso pode fazer com que se tornem realidade. Na altura, considerei que se tratava de uma superstição idiota, no entanto, actualmente acredito que talvez a psicanálise possa explicar as nossas decisões com base naquilo que o nosso subconsciente nos mostra.
Acho-vos extremamente fascinantes! Como podem ser tão libertinos ao ponto de, mesmo sabendo que me pertencem, me mostrarem coisas que não desejo ver?! Invejo a vossa criatividade, o vosso modo perfeito e surrealista de conjugar pessoas, acontecimentos, sensações...
Quando estou triste e monótona, pedem-me desculpa com doces sonhos que me parecem canções de embalar... E eu perdoo-vos, pelas noites em que não me deixam dormir (ora porque estou num caminho sem saída e sei, àquele momento tão conhecido, que algo mau vai acontecer, ou me atormentam com antigos medos de criança).
Cruéis e utópicos sonhos... mas o que era de mim sem vós? Como seria deitar-me todas as noites sem a esperança de viver, por algumas horas, tempos melhores; acordar todas as manhãs com a sensação de um gélido vazio na mente e na alma?
Por vezes assustam-me realmente. Quando me mostram coisas que depois acabam por acontecer... fazem-me sentir que tive uma premonição... torna-se tão estranho viver algo que já vi acontecer nos meus sonhos, é uma terrível sensação de dejà vú!
Meus sonhos, tenham compaixão por mim. Mostrem-me coisas felizes que não me magoem agora ou no futuro, e ajudem a minha imaginação a tornar-se progressivamente ubérrima.
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Living is a wicked dream.